Uma criança de um ano e cinco meses morreu na manhã desta segunda-feira (17), em Natal, com suspeita de H1N1. A informação foi confirmada pelo Hospital Walfredo Gurgel onde a criança deu entrada na noite de domingo (16).
De acordo com a assessoria do hospital, a criança deu entrada com "com quadro de choque séptico, pneumonia grave, falta de ar, congestão nasal, entre outros sintomas, características da H1N1". O hospital informou ainda que a ficha de notificação foi preenchida pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do Walfredo e enviada para a Secretaria Municipal de Natal que seria a responsável pela investigação do caso.
Já a Secretaria Municipal de Saúde informou que não será possível confirmar o caso através de exames laboratoriais porque "não foram coletadas amostras de secreções respiratórias e o corpo também não foi periciado pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO) para confirmação ou descarte do caso como complicação de infecções de vias respiratórias". De acordo com a SMS, só será possível fazer uma "investigação domiciliar e hospitalar do caso".
O Hospital Walfredo Gurgel não informou porque o corpo da criança não foi encaminhado para o Setor de Verificação de Óbitos (SVO) para que fossem coletadas as amostras necessárias para a realização de exames que pudessem comprovar ou não a H1N1.
A Secretaria Municipal de Saúde orientou a direção do CMEI onde a criança estudava - e que frequentou até a última quarta-feira (12) - a fazer uma desinfecção com água sanitária no local e a orientar os pais de outras crianças a procurarem um médico caso os filhos tenham algum sintoma diferente.
Quais são os principais sintomas da gripe H1N1
O surto chegou mais cedo do que o esperado pelos médicos e pelas autoridades. Saiba reconhecer os sinais para procurar tratamento adequado.
Afinal, o que é H1N1?
Trata-se de um subtipo do vírus influenza A e é resultado da combinação de segmentos genéticos do vírus da gripe aviária, do vírus da gripe suína e do vírus humano da gripe. Segundo a Doutora em Medicina pela USP, Denise Lellis, “o contágio se dá pelo contato com microgotículas de se secreções respiratórias, partículas de saliva, tosse ou espirro de pessoas contaminadas”. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), também é possível a transmissão pelo contato com superfícies contaminadas – como objetos de uso pessoal, louças, talheres etc.
Quais são os sintomas de H1N1?
Os sintomas são semelhantes aos da gripe comum, mas com alguns detalhes específicos. Nota-se também febre repentina e alta (acima de 38°C), dor de garganta, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações, coriza e falta de apetite. Sintomas respiratórios, como tosse, também são percebidos. Dependendo do caso, o paciente pode ter ainda diarreia e vômitos.
Durante o socorro, é recomendado que os pacientes que apresentarem tais sintomas recebam máscara cirúrgica para evitar a transmissão do vírus. Pede-se também que a proteção do nariz e da boca durante tosses e espirros seja feita com o antebraço – e não com as mãos, como é de costume.
Os adultos podem transmitir a doença por um período de sete dias após o aparecimento dos sintomas. Nas crianças contaminadas, este período vai de dois dias antes até 14 dias após aparecerem os sintomas.
Vacinação
As vacinas
“A vacina trivalente compreende duas cepas do vírus Influenza A e uma cepa do vírus Influenza B. A tetravalente contempla duas cepas de Influenza A e duas de Influenza B. A cepa para H1N1 está presente nas duas vacinas”, segundo informa a cartilha elaborada pelo Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
A imunização pode ser feita em crianças acima de 6 meses de idade. A vacina quadrivalente é indicada para maiores de 3 anos. Todas as crianças abaixo de nove anos de idade, que estejam tomando a vacina para Influenza A H1N1 pela primeira vez, devem receber duas doses com um mês de intervalo.
Quem não pode tomar a vacina contra H1N1?
Pessoas com doença febril aguda, com doença neurológica em atividade ou aquelas com antecedentes de alergia intensa a componentes do ovo, ao timerosal (Merthiolate®) e à neomicina.
Quem está grávida pode tomar vacina contra H1N1?
Quem está grávida pode tomar vacina contra H1N1?
Sim. Segundo a orientação do Ministério da Saúde, publicada em nota técnica, que descreve a estratégia de vacinação contra o vírus Influenza A (H1N1), as gestantes, por constituírem um grupo de alto risco para complicações graves, devem ser vacinadas. Antes, procure o seu obstetra. Lactantes também podem tomar.
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