Henrique Eduardo Alves |
O ex-executivo da Odebrecht Ariel Parente Costa afirmou em delação a procuradores da República do Rio Grande do Norte que o ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves recebeu propina de 3% sobre a obra do Projeto Tabuleiros Litorâneos, no Piauí.
Em depoimento na sede do MPF em Natal, em 12 de dezembro do ano passado, ele relatou que, em 2008, quando começou a obra, foi convocado para reunião em Fortaleza onde um interlocutor do então deputado Henrique Alves teria fixado o valor da propina.
Parente detalhou que a partir daí fazia a programação e emitia uma senha para que outros operadores do esquema realizassem os pagamentos, feitos em Recife, na casa de câmbio Mônico, e Salvador.
O delator afirmou ainda que, como não atuou diretamente nos pagamentos, não soube precisar o valor, mas estima: “Para o deputado foi entre um milhão e meio e dois milhões de reais”, explicou.
Ele também afirmou que ainda ficou devendo R$ 600 mil porque houve problemas com o DNOCS e a obra foi desmobilizada.
No sistema de departamento de propinas da Odebrecht, nos papéis que entregou ao MPF, o delator diz que há apenas o registro de R$ 112 mil em propina para Alves, “mas que o valor foi maior com certeza”, conforme citou.
Parente também acrescentou que o apelido de Henrique era “Rio Grande”.
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